terça-feira, 15 de outubro de 2013

Recentemente dei comigo a ler um pdf num tablet.
Para minha surpresa, a leitura até foi bem agradável....
Mas o que realmente é surpreendente, é que o texto era meu:

Histórias do Universo 25.

Dado que a leitura até foi agradável, (raramente consigo ler tão distraídamente algo meu)... tenho de conseguir arranjar tempo para corrigir gralhas e partilhar aqui mais episódios das histórias.

Ou será que preferem esperar por uma versão ebook?

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

O Blog não está morto.. :)
Tive alguns problemas de saúde, com a história ( "HU25-O Almirante" já vai na 3ª versão e ainda deve sofrer mais algumas alterações...), e ainda, com o meu computador.


Na próxima parte assistiremos a mais algumas linhas do diálogo entre Temani e Mática e depois a história avançará

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Histórias do Universo 25
VI - O Almirante
( Parte 3 de 6 )

Quando os médicos estavam a fazer uma verificação ao teu estado de saúde notaram algo estranho no teu cérebro.. foram verificar e perceberam que tinha havido uma alteração na tua memória. O caso foi-me reportado e pedi a um dos nossos especialistas que verificasse.
Ele disse-me que a tua memória foi apagada por um processo tipicamente nosso, da frota real, e que isso significava que muito provavelmente tínhamos sido nós a apagar-te a memória.
Fui a uma das nossa bases de dados, e foi assim que descobrimos quem tu és de facto.
– Mas, o que foi que me apagaram da memória?
Protocolo Fénix Negra. A documentação tem um sistema de multi-encriptação real.
Céus... em que é que eu estive metido? Tu deves saber qualquer coisa para dizeres que foi a mania de que o mundo gira em torno do meu umbigo.
Sim, sei. Protocolo Fénix Negra.
Ou seja, não me vais dizer mais nada. Esclarecimento interessante.. estás a por-me com mais questões do que as que eu tinha.
– “Protocolo Fénix Negra” devia ser suficiente para ti.
Saber que fui recuperado após lavagem cerebral efectuada por inimigos não me deixa muito feliz.
Bem, foste apanhado porque ignoraste ordens e quiseste fazer tudo à tua maneira.
E vocês aceitaram um fénix negra?
A tua memória foi limpa. O almirante não gostou de ter-te entre nós. Considerou-te “uma variável aleatória a mais”.
Como é que eu vim parar às câmaras AS?
Quando te limparam a memória, devias ficar dois anos em animação suspensa.
Só que as coisas precipitaram-se e
estávamos a perder a guerra com Ferdol.
Foi então que o almirante teve de por o plano em marcha. Ainda não percebemos como é que a tua câmara foi trazida para junto das nossas.
Estou a ver... Posso saber como é que um civil chegou a almirante? E o porquê de me contares essa história da IA nivel H?
Vou resumir-te assim: conseguiram tornar a Mat3mática num ser humano. Não como robot ou IA... Ele foi o marido dela até ao dia em que a guerra a levou outra vez. Conseguiram salvá-la como ciborgue, mas ela acabou por ter de recorrer ao seu antigo corpo e voltou a ser uma IA.
A I.A. Nível H de nome Matemática que está lá em baixo. O título “Matemaníaco” é uma homenagem a ela.
Um homem e uma IA? Pá... isso...
Há cerca de um milénio que não tínhamos um caso destes. Mas agora que sabes que és um fénix negra, vais deixar de fazer perguntas?
Só uma: Antes de me terem apagado a memória... qual a gravidade do que eu fiz?
– Protocolo Fénix Negra.
Se calhar é melhor eu não saber... Mas não me respondeste como é que ele chegou a almirante.
Só precisas de saber que ele é o melhor homem para o lugar.
MC calou-se e olhou Isaacov nos olhos.
Obrigado comandante.
E saiu.
Entretanto, uma pequena nave, um caça, entra no Hangar de Ganymede.
A piloto, uma andróide, sai a correr em direcção ao almirante, e abraça-o.Este abraça-a de volta.
Tive muitas saudades tuas. Muitas vezes desejei vir cá tirar-te da câmara.
Para mim... só passaram uns meses. Ainda me custa a acreditar como vim me envolver nesta história maluca.
Sabes... salvámos um planeta.
– Tenho saudades do teu corpo humano.
Pode ser que um dia eu volte a ter um.
– Podes fazer melhor do que isso... previste toda esta catástrofe há séculos.. e ajudaste-nos a sobreviver..
Não conseguimos salvar toda a gente...
Se não nos ajudasses, não teria sobrevivido ninguém.
– Temani … eu não vou voltar a ter um corpo humano. Eu vou morrer.
– Hã? Eu tenho saudades dele. Não preciso dele. Preciso é de ti.
Eu sei – sorriu ela – mas não é isso. Quando eu previ tudo isto, também previ a minha morte.
Mática … Já morreste antes. Vais voltar?
Temo que desta vez possa ser definitivo...
Como vais morrer afinal?
Como da outra vez... de repente. Mas desta vez, não sobrará nada meu.
– Nem um backup? Nada? Eu não quero perder-te... Não estou preparado para isso.
Após a minha morte, serás imperador. Terás muitas mulheres...
– Não... se morreres, eu não quero mais ninguém.
Recordar-me-ás... nenhum desses relacionamentos sobreviverá à minha memória.
– Eu acho que dispensava saber disso...
Não dispensas não.
– Não?
Porque tu podes trazer-me de volta. E só tu me trarás de volta... um dia, se ainda me amares.


Continua, em breve.

terça-feira, 9 de julho de 2013

Histórias do Universo 25
VI - O Almirante
( Parte 2 de 6 )

–Espera... missão de colonização como assim?
–Colonizar outro planeta.
–Um planeta? Queres tornar o reino num império! Tu tens autoridade para isso?
–É uma necessidade. Neste momento é como se eu fosse o rei.
–Só mais duas coisas: primeiro onde é que tens uma nave de colonização? E segundo, mas não menos importante, o que é que eu percebo disso?
–O processo está todo automatizado. Mas preciso de uma colónia de seres humanos. Sei das tuas qualidades de liderança. Aceitas ou não?
–Isto está a ser um ano de doidos... Fui destacado para Ganymede.. há um ataque surpresa que destrói todas as nossas forças, acordo quase 50 anos depois numa câmara de hibernação, sem memória de ter ido dormir. A hierarquia militar funciona até ao momento, mas liderada por um tipo, que sabe-se lá como foi escolhido. Um civil, com uma patente ou título dado pelo falecido rei está a comandar, e oferece-me justamente a mim uma missão de colonização.
Já agora, eu dei-me ao trabalho de verificar a tua patente... mas não confio na verificação. Tu tens acordos com as IAs.
– Isso é um não?
– É um “preciso de pensar”.
–Tens 10horas para pensar. Ao fim desse tempo a proposta passa a ordem e vai para outra pessoa.
Matemaníaco abandonou a sala.
MC olhou para o comunicador.
–CEAlfa-0 o Matemaníaco abandonou-nos. Posso perguntar-te o que sabes dele?
–É o almirante.
–Sim, que mais?
–Ele dá as ordens.
– Finalmente percebi a parte "artificial" da vossa inteligência..
MC percebeu que dali não ia conseguir nada.
Duas horas depois, MC está com Isaacov e outros homens numa sala com várias dezenas de câmaras AS onde muitos homens e mulheres dormem o longo sono.
– Senhor comandante... Quem é este “Matemaníaco”?
– MC, você agora pertence às forças de defesa reais. Como qualquer soldado deve cumprir ordens!
– Eu jurei lealdade ao nosso falecido rei. Não a um civil desconhecido que de repente torna-se a pessoa mais importante do reino.
– Sub-comandante MC, a sua questão é legítima. Posso contar-lhe o pouco que sei, e que começa com uma história que ouvi quando era jovem.
– Vai contar-me uma história?
– Veio de uma fonte confiável. Veio do meu falecido avô, que serviu nos hangares espaciais militares de Júpiter.
– Ah bom, mais uma teoria da conspiração...
– Mas afinal, está interessado ou não? Eu não conto teorias da conspiração, e garanto que esta história nunca ouviu.
– Perdão senhor. Sou todo ouvidos.
A História que contam na escola militar sobre a guerra das máquinas não se passou exactamente daquela forma.
Cerca de 288 anos após o suposto colapso da última IA- nível H, um grupo de tecno-arqueólogos entrou nas ruínas da cidade de G4Laxet.
Vinham em missão para a extinta Organização dos Sistemas Unidos da Galáxia 1. Numa daquelas missões para determinar o perigo de contágio da ameaça a outros planetas se a quarentena fosse levantada.
Eram ruínas como outras milhares sobre o nosso planeta.
Ao fim de alguns dias, estavam prestes a declarar a cidade como segura, quando encontraram um andróide decapitado, com um corpo feminino. A cabeça parecia estar sobre uma poça de um metal prateado líquido. Veio-se a saber que a poça eram alguns milhões de milhões daquilo a que actualmente chamamos nanites. Inicialmente desprogramadas, mas ao entrar em contacto com as nanites na cabeça da dróide deu-se um processo de evolução na cabeça da dróide que a tornou independente do corpo. Ela falou com a equipa. Apresentou-se como sendo uma civil, vítima da guerra. Pensamos nos nossos civis, mas nunca nos ocorreu que houvessem IAs civís.
Naquela equipa, apenas a mulher que a encontrou, acreditou nela. Doutora Raquel Jovian.
A andróide disse chamar-se Mat3Mática. A equipa saiu da cidade, mas como toda a gente sabe, nada disto foi relatado
12 anos depois, toda a cidade foi reciclada, e naquele local plantou-se a floresta de Galaxet.
24 anos depois, a doutora foi atingida num tiroteio e dada como morta.
Só que misteriosamente voltou à vida. De acordo com o que sabemos hoje, foi restaurada com nanites.
– Nanites a trazer alguém de volta do mundo dos mortos é... inédito. Não há qualquer registo disso. Só lendas urbanas.
– O caso manteve-se em segredo, até dos familiares da doutora. Encontraram nanites na sua corrente sanguínea e temeu-se algum tipo de contaminação por um vírus das máquinas.
Mas ela lembrou-se do que se passou 24 anos antes naquela missão.
As nanites de Mat3Mática bloquearam-lhe a memória daqueles acontecimentos, apagaram as memórias dos outros membros da expedição, e até das câmaras de vigilância. Para todos eles foi apenas uma noite onde todos estavam cansados e dormiram. À doutora, ela deixou um grupo especial de nanites que lhe deram longevidade e o segredo mais bem guardado da história: o destino de Mat3mática.
– Tretas! Nanites imperiais há 600 anos?
– Pensei o mesmo durante muitos anos.
O que o fez mudar de ideias?
Depois da expedição, Raquel Jovian abandonou a tecno-arqueologia e casou com um agricultor, dos montes ibéricos, de nome Tycho Isaacov, meu antepassado directo.
Quando o meu avô morreu, eu e o meu pai visitámos a quinta desse meu antepassado.
Escondida, por detrás de um portal transdimensional estava uma cama de cristal com uma andróide decapitada e as tais nanites.
Para satisfazer o último desejo do meu avô, pusemos a mão nas nanites, e perdemos a consciência.
E isto que vou te dizer é incrível... mas eu sei o que vi.
Testemunhámos toda a vida da dróide Mat3Mática até ao dia em que foi decapitada, durante a guerra. Todos os segundos de 21 anos até ao dia em que foi brutalmente assassinada pelos seguidores de Dertrus Heiker.
Disse “assassinada” e não desligada.
Acompanhei 21 anos da vida dela. É difícil não me sentir de alguma forma...apegado.
– Se isso é verdade...
É verdade!
Porque me está a contar a mim?
Porque o almirante pediu.
– Ainda não percebi onde é que o almirante encaixa nesta história...E porque não conta ele próprio?
– MC,  só dois seres humanos vivos sabem disto, o outro está a salvar uma civilização planetária. Foi essa tua mania de que o mundo gira em torno do teu umbigo que fez com que te apagassem a memória.
–Que Que que... Como?

continua, nas primeiras horas após o final do dia 18 de Julho
update: adiado para a tarde do dia 19

terça-feira, 2 de julho de 2013

Histórias do Universo 25
VI - O Almirante
( Parte 1 de 6 )

1899 CO.
Júpiter [1:39:4]

Uma frota com várias centenas de destruidores orbita Júpiter, após ter bombardeado todos os palácios e centros de investigação conhecidos. O rei faleceu nos bombardeamentos, e desconhece-se qualquer herdeiro ao trono.
O líder da frota atacante, Ferdol Universo, enviou um comunicado à população onde exige a rendição absoluta de todas as forças militares do planeta, avisando toda a gente que Júpiter agora faz parte do seu império.
No entanto, um jornalista conseguiu provas de que todos os que se renderam foram executados. E conseguiu fazê-las chegar aos sobreviventes.
Nos anos seguintes tentou-se, sem sucesso criar movimentos de resistência...

1945 CO
Ganymede, lua em torno de Júpiter [1:39:4]
Num bunker soterrado entre os destroços de uma colónia destruída, sobrevive, em animação suspensa uma pequena comunidade que escapou a destruição. Os anteriores reis de Júpiter planearam que em caso de invasão ou destruição se salvassem automaticamente um conjunto de pessoas pré-seleccionadas e aprovadas pelos serviços secretos do planeta.
Os primeiros sobreviventes acordam...


10 de Dezembro de 1945 CO, 15h00m
Junto a um super-computador estão dois jovens ligados em terminais separados.
– Que raio de nome de código é esse?
– Acredita MC, não é nome de código.
– O quê? Isso é mesmo o teu nome?
– Sabes que é contra as regras dar satisfações sobre isso. Agora preciso de saber se a sonda chegou a L1...
– Ainda faltam alguns segundos.
– Já devia ter chegado.
– Só começa a transmitir às 15h7min3seg.
– Tens razão... o meu relógio está adiantado.
– Outra vez? Passaste por algum campo super-gravitacional no caminho a pé para aqui?
– Para ser correcto, um campo desses atrasaria-me o relógio, nunca o contrário.
– Certo... Não tens sentido de humor?
– Sim, tenho. Mas tendo em conta que estamos numa missão em que o mínimo descuido pode denunciar a nossa pequena comunidade, eu dispenso o sentido de humor, caro MorteCerta.
– Ó Mate... posso abreviar o teu ID para Mate? Não me digas que não achas piada ao meu ID!
Mate vira-se para MC e vê uma sequência de caracteres no ecrã dele.
– Transmitiu!
– Está a desencriptar... Achas mesmo que ela fica segura ali?
– Com a quantidade de destroços espalhada... todos esperamos que sim.
– Informação descarregada. Desligar CSC.
Os computadores começaram a desligar-se, e ambos saíram dali a correr.
Em poucos minutos chegaram ao salão principal do bunker.
– Comandante Isaacov, o CSC recebeu a transmissão...
– Perdoe-me senhor, mas não seria mais eficiente o salão ser na sala do CSC?– peguntou MC
Isaacov sorriu.
– O consumo energético daquela sala e do computador são extremamente altos...ainda não nos podemos dar a esse luxo. As câmaras AS são prioritárias.
Agora deixem-me ver esse datapad.
MC entregou o datapad a Isaacov.
Bom, Matemaníaco, o seu plano funcionou. Temos um mapa com a disposição de todas as naves inimigas na vizinhança.
MC voltou-se para Matemaníaco e mexeu os lábios sem emitir um som: “Teu plano?”
–Parece-me exagerado haverem tantas naves inimigas em órbita, tantos anos depois.
Precisamos de saber o que se passa no planeta.
– O pelotão Alfa-0 deve entrar em contacto amanhã.– respondeu MC
– Pessoalmente, desde a guerra das IAs que não confio em máquinas, mas seguirei o plano.-- Disse Isaacov.
– Você ainda nem tinha nascido comandante. Já passaram nove séculos! Não estamos aqui para debater filosofia nem história. Mas não foram só as máquinas que já tiveram os seus líderes negros na história... No nosso caso, tivemos seres humanos a exterminar seres humanos. Eles apenas tiveram um mau líder...– Respondeu Matemaníaco.
Fez-se silêncio, até MC o interromper:
Esperem... porque é que vocês os dois foram buscar IA's para conversa? Estão a dizer-me que o pelotão alfa-0 é …
– Um pelotão de IAs tipo 4 – Respondeu Matemaníaco.
– Vocês os dois já sabiam disto?-- Perguntou MC
Ali o almirante Matemaníaco não só sabe, como é o responsável pela versão actual deste plano.
– Almirante?
– Nunca fui militar na vida, mas o rei Afonso achou que dar-me a patente asseguraria a execução do plano.
– E só me dizes isso agora? Porque raios estás a usar um traje civíl? Estão a mangar comigo?
Isaacov reponde a MC:
– Oh, asseguro que não.

Ganymede, Bunker Real 2132, junto ao CSC

11 de Dezembro de 1945 CO, 15h00m
Ó Mate! Enquanto esperamos o contacto, podes explicar-me porque é que sendo tu almirante, estamos a receber ordens do Isaacov?
– Não, não podes MC.
– Presumo que também não me vais dizer quem realmente és tu. Elaboraste um plano para sobreviver ao fim do mundo. Deves ser alguém importante.
– Não elaborei o plano sozinho, Sou apenas um numa equipa.
– Estás a dizer que há mais almirantes não militares por aí?
Mate pressiona um botão no seu terminal e vê-se uma imagem tridimensional de Júpiter surgir no meio da sala.

Ouve-se uma voz metálica:
BR2132, daqui CEAlfa-0. As forças hostis abandonaram o planeta há 20 anos e, como previsto, As equipas beta trataram da limpeza e reconstrucção do planeta. Junto com a imagem holográfica de Júpiter, enviei, como originalmente planeado as mais recentes estatísticas do planeta.
Casualidades: 21 352 842 123
Sobreviventes conhecidos sobre o planeta : 23 121
Sobreviventes que abandonaram o planeta: 2532
Sobreviventes graças ao plano Fénix: 45 232 321 432

IAs nível 4 em Júpiter 843 316
IAs nível H em Júpiter: 3
forças inimigas sobre o planeta: 0

Espera lá Mate, deve haver truque. Se eles abandonaram o planeta, o que são aquelas naves ali?
– Naves capturadas, prontas a ser desmanteladas. Vamos precisar de recursos para reconstruir o planeta...
– Como é que sabes disso? Quem te garante que eles não estão ali à nossa espera? Como conseguiram salvar tanta gente? Em bunkers?
– Graças à Matemática, uma das IAs nível H actualmente em Júpiter. Várias cidades ficaram desfaseadas com o nosso universo. Para elas o tempo parou, e para os atacantes, elas desapareceram da face do planeta..
– Preferia que tivessem aplicado isso às naves atacantes...Aquele número de casualidades é assustador. E... Matemática?... IA nível H? Céus!
– MC... eu preciso de ver o relatório completo. Prometo um dia explicar-te tudo o que conseguir. Aquele número de mortos incomoda-me imenso.

Voltando-se para o comunicador, Matemaníaco diz.
CEAlfa-0, daqui BR2132, almirante-honoris Matemaníaco. Como o seu computador deve indicar recebemos a mensagem. Antes de eu a ler, pode resumir-me o que se passou para Ferdol abandonar o nosso planeta?
– Senhor. De acordo com os registos históricos partilhados pela equipa Alpha-1101 o império desmoronou-se após a morte do imperador.
Voltando-se para MC, Matemaníaco pergunta
MC, sabes porque é que és o meu parceiro?
– Porque tive a infeliz ideia de me alistar na frota astral?
– Sei que o teu verdadeiro nome é Malkor Certis, e sei quem és, e não me venhas com tretas. Confirmei a informação..
MC olhou para Matemaníaco.
Não sei quem és, mas já que sabes quem sou, permite-me que te diga que acho ridículo ter um gigantesco plano para o caso de um Armagedão no planeta e não ter defesas nem uma rota capaz de fazer frente ao inimigo.
– O plano começou a ser arquitectado após a guerra das IAs.. teve 9 séculos de melhoramentos e correcções. Apenas foi activado quando toda a nossa frota foi destruída. A desconfiança das IAs sempre evitou que recorrêssemos a elas para termos uma frota capaz. Achas mesmo que uma frota de naves sem IACs consegue fazer frente a uma frota daquelas que nos atacou?
Sê realista..
– Mas existem IAs à face do planeta neste momento.
– Sim, existem...são IAs recuperadas e reactivadas da guerra das IAs.
–Até IA's nível H? Uma IA nível H não é …?
– Sim, é, uma IA muito inteligente.
– Dertrus Heiker wra uma IA nível H. Foi responsável pela morte de milhões de seres humanos!
– O que eu disse ao comandante Isaacov também serve para ti MC. E olha. Hoje aqueles 3 salvaram milhões. Ainda devemos precisar de energia para trazer várias cidades de volta... mas já os podemos considerar salvos.
–Eu sinceramente espero que estejas correcto ao confiar nas máquinas.
–MC, se já acabaste, quero dizer-te que és o meu escolhido para liderar a primeira missão de colonização do nosso reino...A missão é minar recursos que são necessários à reconstrucção de Júpiter e ao regresso das cidades dessincronizadas.


Continua, em breve

Nesta história do Universo 25 visitamos, pela primeira vez, o passado de Júpiter 1:39:4...e do futuro Imperador Matemaníaco..

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Embora tenha tido de fazer um intervalo forçado, não se preocupem porque em breve as histórias vão continuar..

Há questões que serão resolvidas em breve
ACL:
-Porque é que a cidade de robotica não fez nada após o bombardeamento da cratera?
-Quando será que Lagrange recupera os sentidos?

HU25
-Será que NIA alguma vez recuperará os sentidos? Se sim, será que Lagrange esperará até esse dia?
-Como correrá a visita ao império de Poeta?

STL: O imperador de outro universo
- A viagem da USS Lusitânia mal começou. Que aventuras os aguardam?

sábado, 30 de março de 2013

Star Trek: Lusitânia
O imperador de outro universo
Capítulo I - Bem vindo a bordo.
Parte I

Baseado no Star Trek criado por Gene Rodenberry.

Estaleiros espaciais de Utopia Planitia, Marte
USS Lusitânia, (NCC-72401 A)
Diário do capitão. Data estelar 57000.911 
A minha primeira missão nesta nave é uma missão um pouco invulgar. Mandaram-nos investigar o que pode vir a ser a saída de mais um wormhole estável no quadrante gama.
Não me sinto muito confortável em entrar no quadrante gama depois de dois anos de guerra com o Dominion. Aliás, como consta na minha ficha na Starfleet, perdi a minha nave anterior, a USS Santa Maria na segunda batalha de Chin'toka, batalha onde tivemos uma pesada derrota e morreram muitos homens bons.
Não me sinto à vontade com este novo acordo de paz, e ainda menos em aproximar uma tripulação nova e talvez inexperiente de território anteriormente inimigo.
Ordens são ordens, e não vou começar mal o meu comando desta nave.

O capitão ouviu uma tosse e virou-se para a porta.
Estava lá o primeiro oficial  Philip Botwright.
– Bom dia capitão. Acho que a sua porta deve ter algum problema. Estava aberta quando cheguei.
– Já estava aí há muito tempo?
– Só o suficiente para ouvi-lo dizer que não se sente à vontade com esta missão.
– Pois... Posso saber o que pensa desta missão? Tem permissão para dizer mesmo o que pensa.
– Eu estava em São Francisco, na sede da Starfleet na altura do ataque dos Breen. Também não me considero a melhor pessoa para este cargo nesta missão.
– Penso que não devem haver muitos oficiais que pudessem se sentir à vontade com esta missão. Todos perdemos familiares e amigos nesta guerra. 
A almirante T'Krau recomendou-o para este posto. Não conheço muitos humanos com recomendações de oficiais vulcan.
– Há cinco anos, submeti Academia, uma tese sobre a estabilidade de wormholes sob os efeitos dos campos gravitacionais de um sistema estrelar.
– Estou a ver. 
Peça alguém da engenharia para ver o que se passa com essa porta, e  seja bem vindo a bordo.

Philip despediu-se e saiu, mas a porta não se fechou.
– E a nave é nova... – murmurou o Capitão Cunha.

Philip saiu dos aposentos do capitão e foi directo para a secção de engenharia.
– Tenente Jin, qual é o estado da nave?
– Bom dia senhor. As actualizações de última hora provocaram alguns erros que estarão corrigidos dentro de duas horas.
– Erros?
–Até agora nada de muito preocupante. Portas internas e turbo-elevadores.
– Não tenho razões de queixa dos turbo-elevadores, mas fez-me impressão ver o capitão Cunha de porta aberta. Que actualizações são essas?
– Já tratamos da porta dos aposentos do capitão. A starfleet ordenou a instalação de um novo tipo de escudos e novas formas de optimização de energia. As ordens vieram assinadas pela almirante Janeway. Nunca vi nada que se pareça a algumas destas especificações. Felizmente, aqui conseguimos ter as especificações prontas em poucas horas.
– Quantas?
– Estará pronta dentro de cerca de uma hora e 43 minutos.
– Obrigado senhor Jin.
– Não precisava de vir cá de propósito senhor.
– Embora eu conheça bem o design desta nave, é a minha primeira missão a bordo de uma nave da classe Nova. Estou a familiarizar-me com a nave. 
– Seja bem vindo a bordo, comandante.
Philip saiu da engenharia e foi para a enfermaria.
– Ah, comandante Botwright. Finalmente veio fazer o check-up?
– Sim doutora.
– Coloque-se ali à frente da holo-câmara.
– Holo-câmara?
– Foi uma técnica de diagnóstico aperfeiçoada a bordo da USS Voyager.
Philip colocou-se à frente da câmara e foi fotografado.
– Já está!
– Posso pedir-lhe a opinião sobre uma coisa?
– Sabe que sim.
– Em seis anos a primeira nave estrelar que sirvo sem holodeck. Acha que isso pode interferir na moral da tripulação?
– Foi necessário converter os espaços destinados a holodecks em laboratórios holográficos. Mas como somos uma nave de exploração destinada a pequenas missões, não deve haver problema.
Se esta a pensar na USS Equinox, não tem de se preocupar. Seja como for, temos uma alternativa muito decente aos holodecks. Tome.
– O que é isto?
– É um estimulador sináptico. 
– Não é uma coisa limitada?
– Esta versão é o último grito em entretenimento. Interage com o computador da nave e permite correr programas originalmente criados para holodeck, e não exige a reserva de um holodeck
– Isto é seguro?
– Acha mesmo que eu lhe dava uma coisa que não fosse segura?
– Peço desculpa. Não quis insinuar nada. Obrigado dra. Wang
– Mais alguma coisa comandante?
– Não senhora. Obrigado.
Philip saíu e foi para o convés 8, para os seus aposentos, onde deixou o estimulador sináptico, e depois regressou à ponte.

(Continua)