sábado, 30 de março de 2013

Star Trek: Lusitânia
O imperador de outro universo
Capítulo I - Bem vindo a bordo.
Parte I

Baseado no Star Trek criado por Gene Rodenberry.

Estaleiros espaciais de Utopia Planitia, Marte
USS Lusitânia, (NCC-72401 A)
Diário do capitão. Data estelar 57000.911 
A minha primeira missão nesta nave é uma missão um pouco invulgar. Mandaram-nos investigar o que pode vir a ser a saída de mais um wormhole estável no quadrante gama.
Não me sinto muito confortável em entrar no quadrante gama depois de dois anos de guerra com o Dominion. Aliás, como consta na minha ficha na Starfleet, perdi a minha nave anterior, a USS Santa Maria na segunda batalha de Chin'toka, batalha onde tivemos uma pesada derrota e morreram muitos homens bons.
Não me sinto à vontade com este novo acordo de paz, e ainda menos em aproximar uma tripulação nova e talvez inexperiente de território anteriormente inimigo.
Ordens são ordens, e não vou começar mal o meu comando desta nave.

O capitão ouviu uma tosse e virou-se para a porta.
Estava lá o primeiro oficial  Philip Botwright.
– Bom dia capitão. Acho que a sua porta deve ter algum problema. Estava aberta quando cheguei.
– Já estava aí há muito tempo?
– Só o suficiente para ouvi-lo dizer que não se sente à vontade com esta missão.
– Pois... Posso saber o que pensa desta missão? Tem permissão para dizer mesmo o que pensa.
– Eu estava em São Francisco, na sede da Starfleet na altura do ataque dos Breen. Também não me considero a melhor pessoa para este cargo nesta missão.
– Penso que não devem haver muitos oficiais que pudessem se sentir à vontade com esta missão. Todos perdemos familiares e amigos nesta guerra. 
A almirante T'Krau recomendou-o para este posto. Não conheço muitos humanos com recomendações de oficiais vulcan.
– Há cinco anos, submeti Academia, uma tese sobre a estabilidade de wormholes sob os efeitos dos campos gravitacionais de um sistema estrelar.
– Estou a ver. 
Peça alguém da engenharia para ver o que se passa com essa porta, e  seja bem vindo a bordo.

Philip despediu-se e saiu, mas a porta não se fechou.
– E a nave é nova... – murmurou o Capitão Cunha.

Philip saiu dos aposentos do capitão e foi directo para a secção de engenharia.
– Tenente Jin, qual é o estado da nave?
– Bom dia senhor. As actualizações de última hora provocaram alguns erros que estarão corrigidos dentro de duas horas.
– Erros?
–Até agora nada de muito preocupante. Portas internas e turbo-elevadores.
– Não tenho razões de queixa dos turbo-elevadores, mas fez-me impressão ver o capitão Cunha de porta aberta. Que actualizações são essas?
– Já tratamos da porta dos aposentos do capitão. A starfleet ordenou a instalação de um novo tipo de escudos e novas formas de optimização de energia. As ordens vieram assinadas pela almirante Janeway. Nunca vi nada que se pareça a algumas destas especificações. Felizmente, aqui conseguimos ter as especificações prontas em poucas horas.
– Quantas?
– Estará pronta dentro de cerca de uma hora e 43 minutos.
– Obrigado senhor Jin.
– Não precisava de vir cá de propósito senhor.
– Embora eu conheça bem o design desta nave, é a minha primeira missão a bordo de uma nave da classe Nova. Estou a familiarizar-me com a nave. 
– Seja bem vindo a bordo, comandante.
Philip saiu da engenharia e foi para a enfermaria.
– Ah, comandante Botwright. Finalmente veio fazer o check-up?
– Sim doutora.
– Coloque-se ali à frente da holo-câmara.
– Holo-câmara?
– Foi uma técnica de diagnóstico aperfeiçoada a bordo da USS Voyager.
Philip colocou-se à frente da câmara e foi fotografado.
– Já está!
– Posso pedir-lhe a opinião sobre uma coisa?
– Sabe que sim.
– Em seis anos a primeira nave estrelar que sirvo sem holodeck. Acha que isso pode interferir na moral da tripulação?
– Foi necessário converter os espaços destinados a holodecks em laboratórios holográficos. Mas como somos uma nave de exploração destinada a pequenas missões, não deve haver problema.
Se esta a pensar na USS Equinox, não tem de se preocupar. Seja como for, temos uma alternativa muito decente aos holodecks. Tome.
– O que é isto?
– É um estimulador sináptico. 
– Não é uma coisa limitada?
– Esta versão é o último grito em entretenimento. Interage com o computador da nave e permite correr programas originalmente criados para holodeck, e não exige a reserva de um holodeck
– Isto é seguro?
– Acha mesmo que eu lhe dava uma coisa que não fosse segura?
– Peço desculpa. Não quis insinuar nada. Obrigado dra. Wang
– Mais alguma coisa comandante?
– Não senhora. Obrigado.
Philip saíu e foi para o convés 8, para os seus aposentos, onde deixou o estimulador sináptico, e depois regressou à ponte.

(Continua)

quarta-feira, 27 de março de 2013

Star Trek: Lusitânia - Introdução

Olá a todos. Em breve sairemos por uns tempos das histórias de David Lagrange e faremos uma visita à Federação Unida dos Planetas.
No século XXIV, pouco depois da assinatura do tratado de paz com o Dominion, e depois do regresso da USS Voyager ao quadrante Alfa, enquanto a Enterprise-E estava em reparações numa doca espacial perto da Terra e o Capitão William Riker chegava à USS Titan, o capitão Anastácio da Cunha foi colocado ao comando da USS Lusitânia, uma nave da classe Nova.



Na primeira aventura, a Uss Lusitânia foi enviada numa missão de exploração ao quadrante Gama, a um sítio onde rezam as lendas, surgem naves a partir do nada.

Esta é uma homenagem ao universo Star Trek, e a primeira aventura, uma homenagem a um colega da TASCA do oGame.

segunda-feira, 18 de março de 2013

As aventuras de Capitão Lagrange
Capítulo IV
Os Piratas
( Parte 10 )

Continua daqui. Pode ver um resumo da história até agora aqui.

– Perdão?
– A foto que nos mostraram é de um Lagrange pelo menos dez anos mais velho do que o que conhecemos. Isso significa que é uma foto do Lagrange no futuro. Portanto, ele vai sobreviver a isto.
– Não me leve a mal mas eu prefiro ter a opinião de algum especialista em mecânica temporal sobre o assunto, e duvido que seja o senhor.
– Estou a ver. Parece-me estranho deixarem-nos conversar, mesmo que em voz baixa.
– Concordo. Não estão a fazer um grande trabalho a assustar-nos. Se não fossem os 3 corpos que temos ali na morgue, eu não os levaria a sério.
– Três corpos?
– Mataram publicamente três sobreviventes da Esperança na última tarde, enquanto faziam exigências.
– Então... qual é a ideia deles?
Um dos piratas aproximou-se deles e apontou a arma a PéNaCov.
– Eu sei quem és. Tu vens connosco.
– E se eu me recusar?
O pirata disparou a arma, destruindo a outra mão de PéNaCov, que começou a gritar de dor. Todos olharam.
Ross e Joaquim apressaram-se a socorrer Serguei.
– Felizmente estamos num hospital. Senhores doutores, volto daqui a meia hora, e esse homem vem connosco.
Longe dali, o pequeno grupo liderado por Laura chegou a uma grande caverna que mais parecia um armazém com o cruzador ao centro.
A nave tinha muitos vestígios e cicatrizes de batalhas. Nem se conseguia ver a sua matrícula.
– Aquilo ainda funciona? – Perguntou Jovian decepcionado.
– Há uma coisa que me anda a incomodar desde que falaste no cuzador... Precisamos de uma equipa especializada para o fazer voar e à excepção ali do capitão Jovian do cabo Gonzalez e talvez de ti, nenhum de nós sabe grande coisa sobre o funcionamento de uma nave. – Disse Tretus a Laura.
– Muitus, confia em mim.
À volta da nave estavam alguns contentores. Uns abertos, outros fechados, e nos abertos ainda viam-se componentes.
– Há comida por aqui? – Perguntou Hic.
– Existe um duplicador quântico no cruzador. – Respondeu Laura.
Todos começaram a olhar-se. Duplicadores quânticos eram domínio da ficção científica. E estavam na lista de tecnologia “proibida”, isto é, tecnologia que só poderia ser pesquisada ou utilizada com licença imperial e só em sítios autorizados, e era fácil compreender porquê. Um duplicador quântico era uma máquina que podia criar réplicas de qualquer coisa viva ou não viva existente.
– Um duplicador quântico? – Perguntou Jovian.
– Tal como o tele-transportador que estava na sua Arquimedes, foi encontrado lá em cima no campo de destroços.
– O que é que isso tem a ver com comida? – perguntou Hic
– Temos vários padrões de comida gravados na memória interna. Aquilo duplica comida.– Respondeu Laura.

Quando chegaram ao cruzador, a porta principal abriu-se.
Laura pediu aos companheiros que esperassem, e entrou. Passados alguns minutos saiu e pediu para entrarem
Ao entrarem, ouviram:
“Bem vindos ao cruzador Analítico. Sou o Januárius, a IAC desta nave..Peço que passem pelos scanners para serem identificados e autorizados a circular..”
Olharam uns para os outros e começaram a entrar.
Passaram pelos scanners, e identificaram-se ao Januárius. Depois foram levados ao mini-refeitório onde receberam uma refeição servida por avatares do Januárius.
– Comida feita no duplicador quântico? – Perguntou Gonzalez
“Sim”– Respondeu Januárius.
– Tens aqui muita tecnologia que nunca vi. Januárius, posso saber em que data entraste em serviço? – Perguntou Jovian.
“Fui activado em 2779 CO no hangar da lua NIA“
– NIA? Como a NIA do Capitão David Lagrange? – Perguntou Gonzalez.
“Sim.”
– Só “sim”? Eu quero mais informação!
“Lamento. Protocolo Tempus activado.”
– É o protocolo de protecção contra informação do futuro determinado pela rainha Hara.– Disse Tretus.
– Laura, esta IA tem acesso a informação do nosso futuro? – Continuou Tretus
– Sim, foi por isso a rainha proibiu o acesso de PéNaCov a ela – Respondeu Laura
– Pensei que todas as bases do futuro estivessem na Esperança – Disse Tretus.
– Era logisticamente impossível e insensato. A rainha preferiu manter esse mito, mantendo este local secreto e protegido. – Respondeu Laura
– A mim, o que continua a fazer confusão, é terem conseguido esconder uma nave! E a tripulação desta nave? O que lhe aconteceu?– Perguntou Jovian
– Nunca teve. Esta nave e completamente controlada pela sua IAC. Mesmo estes robots que vocês vêm aqui são avatares, extensões da IAC.– Respondeu Laura.
– Por falar em Lagrange...Há notícias dele? – Perguntou o segurança Dorn.
– A Jo ligou-me há algumas horas quando fizemos a pausa. Foi alvejado e levou uma sova. Uma enfermeira e uma desconhecida levaram-no. Os terroristas andam à procura dele e ameaçaram destruir toda a colónia se ele não for entregue em quatorze horas. Ainda faltam nove horas e alguns minutos.
– E só nos contas isso agora? – Pergunta Tretus.
– A missão tem de continuar.
– Mas agora, não temos nem NIA nem o David. Só ali o Gonzalez. – Respondeu Tretus.
– Eu já não contava com ele desde que decidiu voltar para trás. Mas não se preocupem. Ainda temos algumas cartas para jogar...

(continua)

domingo, 17 de março de 2013

Limpando ACL...

Um dos motivos porque tenho adiado a continuação das histórias neste blog tem sido porque tenho estado a rever e a reescrever algumas partes dos textos, para corrigir vários erros de natureza gramatical.

Em particular todo o capítulo IV de "As aventuras de Capitão Lagrange" tem estado debaixo do meu olho, e em breve, com tempo, introduzirei as correcções aqui nos textos do blog.

Se compararem o pdf com os primeiros capítulos, com os textos escritos no blog já encontrarão várias correcções.

Atenção, as alterações são apenas gramaticais (e ortográficas) e não alteram a história contada.

Peço desculpa pelos erros. Isto começou por ser um passatempo e não algo que eu levava a sério.
Os erros reflectem um pouco o excesso de tempo que passo com livros técnicos noutros idiomas.

Até à próxima
Matemaníaco