Continua daqui. Pode ver um resumo da história até agora aqui.
Em poucos minutos, Lagrange estava a passar ao lado do destruidor-hospital. Ligou as nanocomunicações.
“Natália? Estás no hospital”
“Estou mesmo a sair. Se queres armar mais confusão, não te deixo entrar.”
“Não, não quero entrar. Já sabes dos terroristas que aterraram?”
“Tenho tido as mãos cheias. Para além de saber que aterraram naves, não sei mais nada.”
“As naves vêm com piratas, que já executaram publicamente três reféns e, entre outras coisas, querem que eu me entregue a eles. É possível que tentem fazer o mesmo comigo.”
“E tu vais entregar-te?”
“Eles matam mais reféns se eu não me entregar.”
“Tu acreditas mesmo que se te entregares eles não matam mais ninguém?”
“Acreditar, não acredito. Mas não quero ter esse problema na consciência.”
“Eu vou avisar a Dra. Boavida e o Dr. Matos. Boa sorte.”
Desligou a comunicação e continuou a correr.
Pouco depois, chegou às tendas e reduziu velocidade.
Notou um ajuntamento de pessoas. No centro, estava um velhote magricela, de barbas brancas, cabelo branco igualmente branco, despenteado, com um uniforme da frota imperial a falar.
– ...E é por isso que eu acho que não devemos ceder a estes terroristas! Tenho dito!
Algumas pessoas aplaudiram. Outras assobiaram..
Lagrange a muito custo conseguiu passar entre eles e chegou ao meio.
Lá, outro indivíduo tinha começado a falar, a incitar as pessoas a oporem-se.
Lagrange aproximou-se do homem que tinha discursado primeiro.
– Bonita fatiota. Serviu na frota destruída?
Ele olhou para Lagrange:
– O comandante Burrus Otárius dispensou-me. Agora acho que devia agradecer-lhe.
– A mim, parece-me que está a tentar convencer estas pessoas ao suicídio. Sou o capitão David Lagrange.
– Capitão de uma frota que já não existe!
Porque é que eles o querem? Irritou-os de alguma forma?
– Juro-lhe que não faço ideia. E você é?
– Tenente Kinas Roman da frota imperial de sua magnificiencia o imper...
– Eu sei quem é o seu imperador. Eu reconheço o seu uniforme. Eu quero que convença os seus amigos a organizarem-se e a fazer o que eles pedem. Vamos sobreviver hoje para lutar um dia.
– Amigo, eu já estou velho para ser irrealista e mentiroso.
– Não vai mentir. Eu e alguns amigos temos uns truques na manga. Por favor, nada de mortes desnecessárias e inúteis.
– Lamento, não acredito em si
Lagrange então interrompe o discurso do homem que falava.
– Desculpem-me amigos, estes senhores estão aqui a disparatar.
O homem, não gostou de ser interrompido, e empurrou Lagrange.
– Amigo, eu não gosto de violência desnecessária.
– Então volte para o seu lugar antes que eu seja desnecessariamente violento.
E deu mais um empurrão e Lagrange, mas desta vez, ao tocar em Lagrange sentiu um pequena descarga eléctrica e caiu redondo no chão.
A pessoas fixaram os olhos em Lagrange..
– Não se preocupem, ele vai ficar bem.
Meus amigos, vou pedir-vos que façam o que os piratas pedem. É por pouco tempo, e eu prometo-vos que vamos sair disto vivos. Para provar-vos isso, eu vou ali entregar-me a eles. Eu sou David Lagrange, o homem que eles pediram.
As pessoas começam a conversar umas com as outras.
Uma pessoa então pergunta:
– Porque é que eles o querem? Conhece-os?
– Que e me lembre, nunca os vi na vida. Podem ter vindo do meu futuro e querem evitar que eu faça qualquer coisa.
Uma mulher, encapuçada e com uma máscara a cobrir toda a face afastou-se das pessoas.
Um grupo de piratas é visto a aproximar-se. Assim que os vêm, todos fogem. Deixando Lagrange sozinho.
– Tu aí! Espera! – Gritou um deles.
Lagrange esperou.
– Que se passou aqui? Eu proibi ajuntamentos! Espera... Eu conheço a tua cara!
Muito rapidamente, ele leva a mão para sacar da a arma, mas.. não estava lá.
– Sabes quem eu sou, mas eu não sei quem és. – Diz-lhe Lagrange, apontado-lhe a sua arma à cabeça.
– Sou o gajo que vai acabar contigo!
Lagrange foi atingido com um dardo, disparado por um pirata que estava bem afastado, e arma saltou-lhe da mão, pois também foi atingida por um raio disparado por outro pirata...
– O que foi isto?
– Achas mesmo que eu ia vir para aqui desprevenido?
Lagrange começou a se sentir tonto.
– Que se passa? Já não te sentes tão sobre-humano?
Lagrange foi atingido nos joelhos caindo no chão.
– A melhor forma de acabar com um lenda, é matá-la antes de nascer!
O pirata pegou na sua arma, que estava no chão aponta-a à cabeça de Lagrange e disparou.
(continua)
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