Antes de mais, quando falo em caos neste blog, não me refiro à matemática teoria do caos .
O chamado Acordo Ortográfico tem gerado muito desacordo entre os cidadãos de expressão portuguesa, e a situação não é para menos. O Acordo está a impor uma evolução que não é natural na língua, e criou uma 3ª variante da Língua Portuguesa.
Já tínhamos O português de Portugal e o português do Brasil, mas agora, para além dessas duas temos o "Português acordês".
Pergunto se será normal sermos o único país no mundo com alfabeto latino onde se escreve "Egipto" sem p, ou seja, "Egito", como já vi em telejornais nacionais.
Este acordo tem vários problemas. Em vez de gerar uma unificação na língua está a fazer o contrário.
Não reconheço, em Portugal, autoridade a nenhuma instituição para nos impor uma nova grafia.
Ter o estado a impor o AO como obrigatório a mim parece-me uma decisão ditatorial.
E o estado português é um estado que tem sido mal gerido, mal governado e cometido erros bem graves ao longo dos últimos anos.
Serei obrigado a aceitar que queiram impor-me leis artificiais arquitectadas por supostos intelectuais que mais parecem pessoas que devem ter tido graves problemas com a disciplina de Português?
É o mesmo estado que me rouba diariamente, que me impõe um suposto acordo que foi mal cozinhado, em que parece que simplesmente atiraram os ingredientes para dentro de uma panela e esqueceram-se de a aquecer depois, dando-nos a comer os ingredientes crus.
Nas TVs, jornais e internet o "Acordo" muda conforme quem escreve. Isto é grave.
Sou matemático. O meu conhecimento da língua é limitado, visto que estou habituado a livros geralmente técnicos, e já raramente os leio em português, mas mesmo assim, há uma coisa que me incomoda. No Brasil, "Integral" (o conceito matemático) tem um substantivo feminino. Em Portugal, é masculino. Com o acordo, o Integral passa a ser hermafrodita?
Aqui, neste blog, quando escrevo histórias, confesso que não me importo muito com o português. O meu objectivo é apenas contar uma história.
À conta desse descuido, um leitor mais atento poderá encontrar alguns (ou mesmo muitos) erros de várias naturezas, que acabei por herdar do caos linguístico que foi gerado pela imposição mal pensada de um acordo, também ele mal pensado e mal divulgado.
Tenho corrigido e continuo a corrigir vários textos para a grafia e o português pré-AO, mas não o tenho feito no blog.
As versões corrigidas poderão ser lidas um dia no futuro, em livro.
Não tenho qualquer problema em reescrever as histórias em português do Brasil se for necessário. Mas não me imponham este AO por favor.
Agradeço a todos os leitores e visitantes habituais do blog as visitas e as opiniões.
PS:Penso que terei de alterar as previsões de datas dos próximos textos.
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